nutrição funcional e suplementação

Nutrição Funcional e Suplementação

Os desequilíbrios nutricionais contribuem para uma série de condições crónicas, e as intervenções nutricionais podem trazer alívio ou resolução destas condições completamente.

A nutrição apropriada está associada não só à prevenção da doença, mas também à sua recuperação.
A suplementação desempenha um papel vital ao fornecer os nutrientes essenciais que o corpo pode estar carente, devido a dietas inadequadas ou outros fatores. Suplementos como vitaminas, minerais, ácidos graxos essenciais e probióticos podem ajudar a preencher essas lacunas nutricionais e otimizar o funcionamento do corpo.

A nutrição funcional e a suplementação têm ganho destaque como abordagens holísticas para a saúde e o bem-estar. Uma abordagem holística visa, para além de um plano alimentar adequado, suporte nutricional através de suplementação, uma orientação que visa corrigir desequilíbrios no estilo de vida e hábitos de vida.

Antes de recomendar suplementos, na consulta de nutrição funcional, avalio o paciente considerando sua saúde, estilo de vida, alimentação e exames. Com base nessa análise, será criado uma estratégia terapêutica, e formulando um plano personalizado adaptado, corrige-se assim os desequilíbrios nutricionais.

A colaboração clínico-paciente é essencial neste processo, para o sucesso da implementação do tratamento e a sua estabilidade.

Onde aplica-se a Nutrição Funcional?

Situações de saúde como a prevenção de doenças crónicas em adolescentes, melhoria dos resultados de pacientes submetidos a cirurgias colo-retais ou oncológicas, infeções crónicas e recorrentes, prevenir o envelhecimento, melhorar a condição cardiovascular, obesidade, diabetes, hipertensão são motivos para procurar um tratamento através da nutrição funcional.

Relativo à introdução de suplementação, um suplemento alimentar deve conter um ou mais, ou uma combinação dos seguintes ingredientes:

  • a. vitaminas, minerais, aminoácidos, ácidos gordos, enzimas, prebióticos, probióticos e outras substâncias bio-ativas;
  • b. substâncias derivadas de fontes naturais, incluindo animal, mineral, botânica, em forma de extratos, isolados, concentrados (…).
  • c. Fontes sintéticas de ingredientes mencionados em a e b.

Alguns exemplos comuns de suplementos incluem vitaminas e minerais, como a vitamina C, o cálcio, o ferro, suplementos à base de óleos (como por exemplo o ómega 3) e suplementos à base de plantas com propriedades medicinais.

A maior parte das vezes só precisamos de tomar um suplemento temporariamente, como por exemplo, no caso de uma grávida, poderá precisar de tomar suplementos até o bébé nascer, ou até terminar a amamentação.

Em outros casos, poderemos precisar de tomar um suplemento por um período mais longo, se estiver por exemplo com uma doença crónica ou na falta de um nutriente específico verificado em análise.

E quem precisa de suplementos alimentares?

Reportando somente à nutrição, alguns estudos mostram que a maior parte das pessoas que tomam suplementos alimentares, com o objetivo de melhorarem a sua alimentação, já retiram os nutrientes suficientes da sua dieta. Existem contudo, algumas pessoas que têm maior dificuldade em retirarem da sua dieta tudo o que precisam, sejam por fatores de má mastigação, má-absorção, por uma dieta deficiente, ou mesmo condições do próprio estilo de vida. Existem ainda suplementos alimentares à base de plantas, chamados fitoterápicos, cujos componentes, podem ter uma ação fisiológica específica no corpo, como por exemplo um suplemento de plantas que tenha a ação fitofisiológica de tratar ou melhorar uma condição específica.

Poderá precisar de um suplemento de suporte nutricional se:

  • Estiver grávida ou a amamentar;
  • Se tiver problemas de má-absorção de nutrientes, como gastrite, síndrome de intestino irritável, se for idoso (a);
  • Tiver uma condição de saúde que impeça uma correta absorção dos nutrientes, como uma doença crónica renal;
  • Fazer uma dieta restrita (por exemplo não come carne, e não está a ter o ferro que precisa da alimentação);
  • Tem uma deficiência nutricional (por exemplo, nas análises sanguíneas mostram que uma carência de vitamina D). Sendo assim, o uso de suplementos pretende mitigar, tratar ou prevenir doenças.

Os suplementos alimentares devem ser seguros, documentados e informar sobre quantidades, excipientes e tempo de uso. É importante considerar possíveis efeitos colaterais e interações com outros medicamentos.

Para se lembrar

Em conclusão, a medicina funcional e a suplementação andam de mãos dadas para promover a saúde integral. A abordagem da medicina funcional considera a individualidade de cada pessoa e procura tratar as causas subjacentes das doenças, em vez de apenas aliviar os sintomas. A suplementação, quando usada de maneira adequada e personalizada, pode ser uma ferramenta valiosa para preencher lacunas nutricionais e otimizar a saúde.

Sendo importante ressaltar, que a suplementação na medicina funcional não é uma abordagem única para todos. Cada indivíduo é único, e suas necessidades nutricionais variam. Através de testes e análises aprofundadas, identifico as deficiências nutricionais específicas de cada paciente, a fim de direcionar a suplementação de maneira precisa.

Procure orientação profissional antes de iniciar qualquer regime de nutrição/suplementação, garantindo assim que suas escolhas sejam seguras e benéficas para o seu bem-estar geral.

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